Famílias do filo Braquiópode

Classe Lingulata

Trata-se dos braquiópodes com concha organofosfática, inarticulados ou com articulação rudimentar. Não apresentam dentes nem fossetas dentárias; o lobo do manto externo não dispõe de células lobadas; a parede externa do corpo está presente ou inferida para as espécies extintas; o pedículo celomado e muscular emerge entre as duas valvas ou do ápice de uma delas; tem trato alimentar com ânus. O lofóforo das espécies viventes se encontra inicialmente com tentáculo médio, o qual é perdido durante o crescimento; surgem tentáculos em fila dupla durante a ontogenia. A larva planctotrófica tem uma concha ornamentada, desenvolvida sem reversão do manto. A distribuição temporal do grupo abrange o intervalo Cambriano Inferior–Holoceno,

Lingula anatina

Discinisca tenuis

Glottidia pyramidata

Classe Craniforma

São braquiópodes com concha calcítica ou aragonítica, inarticulada, com camada secundária laminar. A parede posterior do corpo é completa; o lobo do manto interno não é desenvolvido nas margens das valvas; o pedículo não é desenvolvido, e a concha é livremente apoiada ao substrato ou com a valva ventral cimentada pelo epitélio larval. Seu sistema muscular é composto de um simples par de músculos oblíquos, emparelhado com uma musculatura lateral anexada anteriormente à parede do corpo. O trato alimentar é parcialmente axial, e o ânus fica na parede posterior do corpo. O lofóforo tem, inicialmente, tentáculo médio, que é perdido durante o crescimento; tentáculos em fila dupla surgem somente durante o estágio de crescimento pós-trocolófico. O sistema nervoso é subepitelial, com um par de gânglios; os canais do manto têm a vascula terminalia periférica, normalmente pinada, contendo gônadas; as larvas são lecitotróficas, sem concha. Viveram do Cambriano Inferior ao Holoceno.

Novocrania philippinensis


Classe Rhynchonellata

São braquiópodes com concha organocarbonática, camada secundária fibrosa e estruturas de articulação constituídas por dentes na valva ventral e fossetas dentárias na valva dorsal, em alguns casos perdidas secundariamente. O lobo do manto externo é recortado pelo perióstraco; a articulação, formada pelas margens posteriores da interárea secretada pelos lobos do manto; o pedículo não tem núcleo celomático e é preenchido por tecido conjuntivo, controlado por músculos adutores e aparentemente atrofiado em algumas espécies fósseis; os músculos adutores são localizados posteriormente, acompanhados ventralmente pelos músculos adutores, que estão inseridos dorsalmente. O trato alimentar não dispõe de ânus em espécies viventes; e o lofóforo é inicialmente sem tentáculo médio, com tentáculos em fila dupla somente durante o estágio de crescimento pós-trocolófico. O lofóforo suportado por extensões calcíticas da valva dorsal são em forma de crura, espiral ou ferradura. Os canais do manto são ramificados e contêm gônadas, mas não contam com seios marginais. As larvas são lecitotróficas, sem concha, com manto embrionário submetido à reversão em grupos mais recentes. Viveram do Cambriano Inferior ao Holoceno.
Kraussina crassicostata

Liothyrella uva

Terebratulina retusa

Terebratulina unguicula


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